domingo, 18 de abril de 2010

Contas ...

Em cada noite sem luz, mesmo que enluarada
Em cada dia ensolarado,mas sem sol
Em cada respirar, sem ar
Em cada riso, sem riso...
Ela conta as contas vãs das pérolas que lhe deram para tomá-la de si
Cada conta gélida é doer
E ela conta as contas até perder-se de si
Esvair-se de si
Retorna a si..para desistir de contar as contas que a levam pra si
O eco é incômodo
é dor
é perda
é morte de mil facetas
Drummond sabia das coisas ao poetizar que um anjo gauche bailava pela terra
e a menina das pérolas e nuncas joga suas pérolas aos porcos, joga-se nelas na lama e negrume também.
Esperar a quem? Aquele que nunca, jamais vem?

Nenhum comentário:

Postar um comentário